É claro que havia também os momentos de alegria e brincadeira. Em particular, na horta, onde, usando um avental azul, eu colocava as mãos na terra. O agrônomo estava nascendo.
Contudo, a melhor hora, naqueles dias, era quando cantávamos a música de encerramento, obviamente porque eu sabia que iria para casa, de volta à segurança da família e às minhas árvores, que me acolhiam e protegiam:
“Ich gehe mit meine laterne und meine laterne mit mir.
Dort oben wo leucheten die Sterne und so leuchten wir.
Mein Licht is aus, wir gehen nach Häus”
“Eu vou com minha lanterna e minha lanterna comigo.
Lá em cima onde brilham as estrelas e assim brilhamos nós.
Minha luz apagou, nós vamos para casa”
Apenas hoje, ao escrever estas memórias e cantar a música, é que percebo a profecia que a letra carregava.
Sim, minha luz estelar está começando a brilhar.
Sim, eu estou voltando para casa.
Meus pais quiseram e empenharam-se para que os filhos pudessem receber uma formação educacional, que eles mesmos não receberam.
A grandeza de meus pais, ao oferecerem aos filhos mais do que receberam, somente vim a reconhecer anos mais tarde, quando, ao criar meus filhos, percebi que não era natural para colegas e vizinhos investirem na educação de sua prole.
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